Leitores lamentam a morte de Antonio Cicero: 'Sua obra é imortal; a arte perdura
- Erik Schvider
- 23 de out. de 2024
- 1 min de leitura
Nós ficamos órfãos a cada vez que um poeta morre', escreve assinante.
Antonio Cicero tinha pressa. Nos últimos meses, era isso o que ele demonstrava — e dizia com todas as letras — para o marido, o figurinista Marcelo Pies, com quem cultivava um longo relacionamento desde 1984. Pouco depois de receber o diagnóstico de Alzheimer, em junho de 2023, o poeta e filósofo se tornou sócio da fundação Dignitas, uma das poucas instituições no mundo a receber estrangeiros, em Zurique, na Suíça, para realizar o suicídio assistido em conformidade com as leis do país europeu. Antonio mantinha uma certeza inabalável: ele não queria, sob nenhuma hipótese, ter a vida afetada pelos sintomas da doença sem cura. A opção pela morte assistida — algo a que o acadêmico sempre defendeu em textos e conversas entre amigos — foi "uma decisão puramente racional", como conta, ao GLOBO, o viúvo do escritor, que morreu, aos 79 anos, nesta quarta-feira (23), por meio do procedimento de eutanásia.
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